Ciências (2º bimestre)


Vamos falar de Pagamento por NFC...

Mas antes disso vamos começar nos primórdios onde tudo começou:

Conheça a historia do dinheiro da idade Média aos dias atuais.


Animais diversos e porções de sal já foram utilizados como moeda de troca.

A invenção da moeda aconteceu no século VII a.C.

     Você sabe de onde vem a palavra salário? Pois bem, ela surgiu de uma prática muito comum na Idade Média, que era o pagamento feito por meio de determinada quantidade de sal. Parece estranho, mas outras palavras, também comuns do nosso vocabulário atual, como pecúnia, que vem latim pecus, que significa rebanho de gado, também têm em sua origem uma atividade remunerativa exercida no passado. Nesse caso, a moeda de troca eram animais, incluindo ovelhas e cabritos.
     Segundo explica o professor Pedro Paulo Funari, do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em civilizações americanas, produtos como o cacau, por exemplo, eram utilizados como elemento de troca em negociações. Ele destaca que, no passado, existia uma tabela de equivalência de produtos para que a troca fosse feita de forma justa. “Até o surgimento do dinheiro, o sistema de troca era imperfeito e primitivo, mas muito importante para a humanidade quando vivia da autossuficiência”, destaca o docente.
     Pedro Paulo ressalta que a moeda, como a que conhecemos hoje, surgiu no Mediterrâneo Oriental no século VII a. C., na antiga cidade grega de Jônia, atual região da Lídia, na Turquia. “Jônia era uma região de colonização grega. As moedas eram feitas em metais nobres, como o ouro a prata e o bronze, e valiam o quanto pesavam, conceito que permaneceu até o século XIX. De um lado da moeda era cunhado um símbolo religioso e, do outro, o nome da cidade de onde ela vinha”, detalha o especialista.     
   

     Mas o acumulo de moedas criou uma necessidade: onde guardá-las com segurança? Foi a partir dessa demanda, que os negociantes de ouro e prata, por possuírem cofres mais seguros, passaram a se responsabilizar pelo dinheiro que seus clientes depositavam a eles. Desse tipo de serviço prestado, surgiram os bancos e, ao mesmo tempo, nascia o papel moeda. “As pessoas usavam moedas, mas, conforme os primeiros bancos foram surgindo, nos séculos XII e XIII, na Itália, os banqueiros começaram a emitir recibos que equivaliam a determinado peso em metal, surgindo, assim, o papel moeda. Mas foi nos século XVIII que a nota de dinheiro passou a se popularizar, muito devido ao advento da prensa”, ressalta.


         Mesmo com o dinheiro em papel, grandes nações, como os Estados Unidos, adotaram até a década de 70 o Padrão Ouro. Ou seja, isso significava que o valor do total de papel moeda emitido pela Casa da Moeda norte-americana não deveria ultrapassar ao seu correspondente em reservas de ouro do país.  “No dia 15 de agosto de 1971, os EUA abandonaram o Padrão Ouro. O então presidente Nixon mudou isso e parou com essa equivalência. A partir desse fato, hão houve mais uma reserva que garantia valor à moeda emitida, o que a tornou mais instável e imaterial”, destaca.

Cartão, feito inicialmente de um tipo de papelão, trazia o nome do associado de um lado e dos estabelecimentos afiliados no verso. Cinco anos mais tarde, o Diners passou a adotar os cartões de plástico.


Dinheiro dos tempos modernos

     Pegando carona na imaterialidade do dinheiro, nos dias de hoje, quando se fala em compras, inevitável que a imagem de um símbolo venha à cabeça: a do cartão de crédito, considerado por alguns o dinheiro de plástico. Criado nos EUA, na década de 1920, o cartão de crédito surgiu quando postos de gasolina, empresas e hotéis começaram a oferecê-los aos seus clientes mais fiéis, fazendo com que eles pudessem usufruir de seus serviços sem a utilização de dinheiro, ou cheque. Mas somente em 1951 que definitivamente apareceu o primeiro cartão de crédito realmente funcional, lançado pela empresa Diners.
    A história do cartão de crédito começa em 1951, quando os primeiros cartões foram inventados nos Estados Unidos. A história que deu origem aos cartões de crédito é bastante inusitada e aconteceu na cidade de Nova York.
     O executivo Frank MacNamara foi o primeiro a pensar no conceito de cartão. Ao jantar num restaurante com um grupo de amigos, o empresário percebeu que havia esquecido de levar consigo dinheiro ou talões de cheque. Diante da situação, o dono do restaurante aceitou que o executivo pagasse a conta no dia seguinte mediante a assinatura de um papel onde constavam as despesas.
    Dessa forma surgiu a ideia de criar o primeiro cartão de crédito, o Diners Club Card, que inicialmente era aceito em 27 restaurantes norte-americanos. O serviço foi utilizado no começo apenas por executivos que tinham que pagar despesas em viagens.
    Em 1952, foi emitido o primeiro cartão de crédito internacional, e em 1955, foi inventado o cartão de plástico, como o que conhecemos hoje.
    No Brasil, o cartão de crédito surgiu em 1954, a partir do empresário tcheco Hanus Tauber, que adquiriu uma franquia do Diners Club para implantar no país. 
    

Telefone com cartão de crédito: um dos futuros do pagamento eletrônico

Para especialista, convergência ditará os rumos das negociações digitais

Celular mais cartão de crédito: futuro estará no pagamento móvel

     
     Do escambo, prática da Antiguidade que visava a troca de produtos como forma de pagamento, o homem partiu, no século VII a. C., para a criação de uma moeda que se transformasse em um equivalente geral para todo tipo de negociação. Ou seja, a partir dela, estipularam-se os preços das coisas. Da cunhagem das primeiras moedas ao início da impressão do papel moeda, no século XVIII, o dinheiro passou por muitas mudanças. Entretanto, uma das maiores evoluções ocorreu no século XX, com a invenção do cartão de crédito, que teve o seu primeiro uso efetivo em 1951, nos Estados Unidos, apesar de o seu conceito ter surgido 30 anos antes, como forma de fidelizar clientes.

     Na década de 90, um novo dispositivo passaria a integrar os cartões de crédito, agregando não somente mais segurança às transações, como também outras possibilidades de uso. Tratava-se do chip, que proporcionou ao cartão, que era somente magnético, um aumento na capacidade de armazenamento de dados, só que de forma segura, ou seja, com a utilização da criptografia. Graças à presença de um microprocessador interno, os chips permitiram que os cartões assumissem múltiplas funções, incluindo a capacidade de serem usados tanto para transações de crédito, como para débito. Além disso, outra vantagem, é que os cartões com chip, agora chamados de smart cards, requerem senha ao serem utilizados, o que diminui, e muito, fraudes relativas ao seu uso indevido em casos de roubo ou perda.

     Mesmo com a segurança dos smarts cards, promovida especialmente pelos chips, Alencar da Silva, superintendente de Novos Negócios e Telecom da Valid, multinacional que atua no desenvolvimento de sistemas de identificação, telecomunicação e meios de pagamentos eletrônicos, destaca que existem, hoje em dia, outras formas de autenticação eletrônica na hora de realizar uma compra. Dentre elas, o especialista aponta a validação por meio de dados biométricos, incluindo a verificação ótica da impressão digital.
     No que diz respeito ao futuro, Alencar acredita que as formas de pagamento convergentes, que incluem celular mais cartão de crédito, deverão nortear as formas eletrônicas de pagamento nos próximos anos, sendo que esse tipo de tecnologia já se encontra em testes no Brasil. “Você pode ter um cartão do banco em seu telefone celular e utilizá-lo para realizar, efetivamente, um pagamento aproximando-o de um terminal ponto de venda. É uma tecnologia realmente segura, pois a segurança da transação está no chip e, a qualquer momento, o cliente pode solicitar um novo cartão e recebê-lo instantaneamente”, conta o especialista.

Como funciona o pagamento móvel


     O sistema de pagamento móvel pode funcionar de duas maneiras. A primeira acontece entre dois aparelhos de celular. Nesse caso, para que a transação seja efetuada, os dispositivos móveis do comprador e do vendedor devem conter um chip que rode o aplicativo para pagamento. A transação é confirmada assim que o vendedor a registra no celular, fazendo com que o comprador receba uma mensagem de texto com dados da negociação, incluindo, por exemplo, o nome do estabelecimento, o valor negociado, bem como a forma de pagamento adotada, que pode ser parcelada. A transação é concretizada assim que o comprador digitar sua senha em seu celular.
     A outra maneira de realizar um pagamento móvel se dá por meio da conexão do aparelho celular com um terminal, conforme destacou Alencar. Para realizar esse tipo de transação, o vendedor coloca no terminal as informações relativas à venda, bem como o número do celular do comprador, que recebe uma mensagem. Após respondê-la com a sua senha, a transação é autorizada. Isso tudo acontece através do NFC.
     

Como Funciona o NFC?


Os dispositivos com NFC são categorizados a partir de dois Modos de Funcionamento:



     1) Passivo: um dos dispositivos emite o sinal de radiofrequência e o segundo apenas recebe a informação. É o caso de um smartphone (receptor) lendo uma das Tags NFC (emissor), ou com um cartão de acesso (emissor) sendo utilizado em uma catraca (receptor). A comunicação aqui é de apenas uma via, pois a Tag não consegue receber um sinal, apenas emitir.
Modo Passivo: celular apenas recebe a informação da tag.
Exemplo de uma Tag NFC.


     2) Ativo: neste modo, ambos os dispositivos geram e recebem o sinal de rádio. É o caso de uma transação financeira entre dispositivos, no qual um smartphone recebe a informação de um terminal (emissor) e em seguida emite a confirmação para o mesmo equipamento.

Todas as aplicações podem ser categorizadas em três Modos de Operação:

1) Reader/Writer: um dispositivo com NFC identificando dados presentes em uma etiqueta NFC/RFID;
Reader/Writer: Jogo com cartão libera
2) Card Emulation: um dispositivo emulando um cartão para pagamentos ou acesso e é lido por outro dispositivo receptor;
Card Emulation: celular com NFC liberando o acesso à catraca.
3) Peer-to-Peer: com dois dispositivos emparelhados, que podem realizar transferência de dados entre si.
Peer-to-Peer

Veja agora as UTILIZAÇÕES:

O NFC vem sendo utilizado em diferentes aplicações e serviços, como:

     Pagamentos móveis: área de maior desenvolvimento, com o apoio de empresas de telefonia, crédito e tecnologia. Utilizando um smartphone com NFC e um app para pagamentos móveis, o usuário pode cadastrar seu cartão de crédito no aplicativo ou incluir o débito na conta do telefone. Para efetuar a transação financeira, basta aproximar o aparelho de outro smartphone ou de um terminal da Cielo, por exemplo. Até o momento no Brasil, a Claro, a Tim e a Vivo são as operadoras que estão testando o funcionamento, em parceria com Bradesco, Itaú, Visa e MasterCard. Além do PagSeguro da UOL. Internacionalmente, tem-se como destaque os apps PayWave da Samsung, o Passbook da Apple e o Google Wallet.

     Cartão de acesso: como visto anteriormente, um dos modos de operação do NFC é o Card Emulation. Assim, o aparelho pode se transformar em uma chave codificada e única de acesso, que pode ser utilizada para abrir uma porta de um quarto de hotel, liberar catracas ou mesmo ligar um aparelho, como o Carro da Hyundai e os Eletrodomésticos da LG. A função também é utilizada como ingresso ou bilhete eletrônico, em que o usuário compra a entrada pelo smartphone e apresenta no terminal do evento em questão.

    Games: a indústria dos jogos também vislumbra utilizar o NFC para expandir a experiência de jogabilidade e produzir diferentes integrações entre objetos nos games. A Nintendo já lançou bonecos com NFC para o jogo de Pokemon, no qual ao aproximar o boneco do console, o personagem era habilitado no jogo. Outras utilizações também tem sido observadas, como a inclusão de Tags NFC em jogos de cartas e criando uma interação em que o jogador devia aproximar o smartphone da carta para receber uma missão ou ver se ganhou um bônus.

    O novo jogo de Pokemon que a Nintendo anunciou para o console Wii U terá aplicação com bonecos reais através NFC. A iniciativa tem tudo para representar o começo de uma série de novas funcionalidades que videogame terá, principalmente com a incorporação da tecnologia NFC no controle GamePad. O jogo Pokemon  Rumble U terá disponíveis 649 personagens Pokemons e 7 bonecos que serão vendidos [em torno de R$ 5] e poderão ser conectados ao jogo através da comunicação entre o objeto e o controle.
     No vídeo abaixo é possível ver como funcionará a aplicação. Basta aproximar a  miniatura ao local indicado no controle e o personagem automaticamente é inserido no game. Acredito que não será preciso ficar com o boneco “preso” o tempo todo, mas apenas até o comando ser validado. Também não se sabe se o boneco poderá ser utilizado em diferentes Wii U, permitindo, por exemplo, emprestá-lo para outros jogadores.
      É certo que se o experimento for bem aceito pelo mercado, poderá ser cada vez mais comum ver aplicações diferentes entre NFC e os jogos. O projeto da Nintendo pode trazer uma parcela grande para o aumento da indústria dos games, que já idealiza um futuro ainda mais promissor desde o lançamento do teaser do PS4. É interessante vislumbrar as possibilidades que o NFC pode trazer para essa ampliação do conceito de jogo, inflada principalmente pela Sony com o PlayStation 4 e a inclusão das redes sociais no processo.

     Distribuição de conteúdo: um usuário pode receber um conteúdo em seu smartphone a partir de uma Tag NFC. Existem os chamados Smart Posters, que são cartazes que possuem a etiqueta e tem sido utilizado pela publicidade e em eventos. Basta aproximar o aparelho do local indicado no poster e a pessoa recebe o conteúdo.

     Transferência de dados: a já tradicional transferência de dados entre aparelhos, tal como acontece com o envio de um foto ou música por um blutooth ou uma rede Wi-Fi. A diferença está no emparelhamento entre os aparelhos e na facilidade de enviar e receber os dados. A transferência também não precisa ser apenas entre telefones e pode ser efetuada entre TVs, Tablets, Notebooks ou qualquer outro objeto com NFC.


Pendrive de segurança com NFC está sendo testado pelo Google

   De acordo com o Wall Street Journal, o Google está atualmente testando pendrives de autenticação com NFC feitos pela startup YubiKey. Os dispositivos foram criados para oferecer uma forma segura e prática de acessar contas e serviços sem precisar digitar cada uma de suas senhas toda hora.
   Para isso, basta plugar o pendrive em seu computador e deixar seu smartphone ou tablet por perto.
   A partir daí, os dois dispositivos comunicam-se entre si e o usuário pode realizar o login em seus serviços sem esforços adicionais. De acordo com um dos diretores de segurança do Google, Mayank Upadhyay, o novo pendrive eleva o padrão de segurança dos empregados além do que estava disponível comercialmente ao mesmo tempo em que é uma solução que se encaixa perfeitamente na rotina dos empregados.   
O aparelho também é prático em caso de perda ou roubo, uma vez que é possível desabilitá-lo remotamente. Infelizmente, contudo, não há informações até o momento de preço, disponibilidade ou possibilidade de lançamento mundial dos novos pendrives de NFC do Google. (Esse complemento foi postado dia 15 de Setembro de 2013)


     Acho que para um futuro bem próximo não teremos mas o dinheiro de papel, com o avanço tecnológico rápido, afinal o meu avó sempre fala: "nunca imaginei que um dia eu iria carregar o telefone comigo!"
     Então por isso eu resolvi começar bem dos primórdios, falando de como surgiu a moeda, passando pelo cartão de credito e chagando até onde eu queria o NFC. 
     E para quem ainda não entendeu o NFC é uma sigla de "Near Field Communication", algo como Comunicação de Campo Próximo. O NFC surgiu a partir do RFID, foi desenvolvido pela Sony e Philips em 2002 e impulsionado a partir de 2004 pelo NFC Forum, que é conduzido por empresas como Samsung, Microsoft, Nokia, Google, Intel e Visa,  a fim de promover o avanço da tecnologia, definir especificações e regulamentações de uso.
     A tecnologia está situada na área de transmissões por rádio frequência de curto alcance e funciona para estabelecer uma comunicação sem fio entre dispositivos.  A comunicação acontece apenas aproximando-os a uma pequena distância, que chega no máximo a 10 cm, sem a necessidade de ter que acessar alguma função no aparelho ou mesmo digitar uma senha.
     Embora a curta distância possa parecer um problema, na verdade é o grande diferencial, pois assim a comunicação se torna mais segura e direcionada para um objeto específico, evitando, por exemplo, acessar dados de desconhecidos ou por acaso, como aconteceria em redes de Wi-Fi e Blutooth. Os dispositivos, por sua vez, não precisam ser apenas celulares e nem eletrônicos, mas qualquer objeto físico que receba o chip NFC, como crachás, chaveiros e cartões. Os chips também podem vir em etiquetas adesivas, as chamadas Tags NFC, permitindo a comunicação em diferentes itens.
   Então é isso a nossa ciência cada vez avança mas para nos ajudar.... Principalmente em matéria de videos games... Acho que vou falar sobre eles no 3º bimestre.... E viva o NFC....

Fonte: Globo Ciencias
Fonte: NFC Brasil
Fonte: The Wall Street Journal