Educação (3º bimestre) - 2014

Quais países estudam a história do Brasil?


Europeus, africanos e asiáticos se dedicam ao tema, mas pouco. O assunto geralmente é ensinado dentro da história da América Latina

Zé Carioca ainda é um porta-voz do Brasil. A animação da Disney Você Já Foi à Bahia? (1944), estrelada pelo papagaio, é muito usada na hora de introduzir o Brasil em salas de aula no exterior. "O desenho foi criado como parte da política de boa vizinhança", diz Lise Sedrez, professora da UFRJ, que lecionou nos Estados Unidos. O destaque dado em classe depende das relações - históricas, culturais, comerciais etc. - entre os países. "Nos EUA, as escolas de ensino médio que ensinam português também tratam da história brasileira", diz Lise. Lá, é comum escolas próximas a comunidades de brasileiros ensinarem essas disciplinas. Já o país historicamente mais ligado a nós, Portugal, não dá tanta importância ao tema (veja abaixo). Outros europeus, como Espanha, França e Reino Unido, encaixam o assunto na grade de história da América Latina. Historicamente, o Brasil ainda é periferia.

O passado brasileiro no mundo
Temas e personagens nacionais estudados além das fronteiras

América
Nos países latinos, o tema mais recorrente é Getúlio Vargas, que é discutido junto a seus pares populistas, como Juan Domingo Perón, na Argentina. Nos EUA, os assuntos mais comuns são colonização e escravidão.

Europa
O tema é pouco discutido e aparece em subdivisões da disciplina que podem soar estranhas para nós, como história atlântica. Nem Portugal dá destaque. Lá, o Brasil é estudado junto com o finado império português.

África
Embora alguns países africanos compartilhem conosco o colonizador e, consequentemente, a língua, eles não se aprofundam em nossa história. Angola e Moçambique, por exemplo, enfocam só a escravidão.

Ásia
Há institutos específicos no Japão. Mas no Timor-Leste, ex-colônia de Portugal, é pior. Verônica Lima, da Universidade Nacional do país, diz que o maior contato com nossa cultura vem da música sertaneja. Ai, Se Eu te Pego é o novo Zé Carioca.


   O que poderíamos dizer sobre isso? Acho a valorização da pátria tem que ser interna e não externa e o estudo da História é uma rica oportunidade de aprender com os acertos e com os erros da demais nações. E por aqui pouco se dá valor ao ensino como um todo. E antes de . querermos que outros países estudem nossa história nós, brasileiros, deveríamos nos aprofundar na história de nosso país e se formos estudar o mundo todo é muito conhecimento para ser passado no período tão curto que é o tempo de aula.