Educação (4º bimestre)

Os sete erros mais comuns na educação dos filhos

Evite conflitos na hora de ditar as regras com diálogo e bons exemplos

     A criança grita, questiona os limites e desafia os pais. Após muita conversa, muitos apelam para a tática do xeque mate: "Ou você come, ou não joga videogame." "Não vai arrumar o quarto? Então não vamos passear hoje." Algumas vezes, a ameaça traz resultados; em outras, é preciso ainda mais paciência. Mas até que ponto a autoridade pode chegar? Não há uma fórmula de como educar, mas psicólogos afirmam que o diálogo é sempre a melhor alternativa. Eles dão conselhos para evitar os erros que os pais mais costumam cometer na hora de ensinar. Confira a seguir. 


Pais discutindo na frente da criança

Erro 1: desautorizar o pai (ou a mãe) na frente da criança 
     Imagine a situação: a criança quer tomar sorvete antes do almoço. Para a mãe, de jeito nenhum, mas para o pai fala: "Por que não? Só hoje". Isso pode fazer uma confusão na cabeça do pequeno. "Ele entenderá que o limite imposto por um dos pais não é verdadeiro e essa ideia pode dificultar que a criança obedeça e cumpra regras", declara a psicóloga Aline de Aguiar, do Rio de Janeiro, doutora em Psicologia Social. Claro que é normal que o casal não concorde em tudo, mas Aline sugere que seja feita uma conversa longe da criança para definir, em comum acordo, as regras da casa.


 Pai fumando na frente do filho

Erro 2: "Faça o que digo, não faça o que eu faço" 
     Os pais são a referência do filho. Aline de Aguiar conta que as brincadeiras de imitação começam desde bebê, com a criança tentando fazer as mesmas caras dos pais, os mesmos sons. Conforme o pequeno cresce, passa a questionar quando não pode ser igual a eles. "O exemplo é muito mais forte para a criança do que as palavras", comenta a psicóloga. Hábitos como não fumar, comer verduras e legumes e dormir cedo pode fazer com que a criança entenda desde cedo a importância de levar um estilo de vida mais saudável.  


 Mãe pedindo perdão para criança fazendo birra

Erro 3: Ceder à birra da criança
     É verdade que há momentos em que ela irá espernear demais. Mas ceder a isso é deixar que o filho fique no comando, ou seja, ele irá achar que pode conseguir tudo o que quer, na hora que quiser - basta chorar. A psicóloga Aline explica que as crianças desafiam e buscam o limite o tempo todo. "Mas sem esse limite pode haver insegurança pois não fica claro o que é certo ou errado diante de situações da vida", diz. O melhor a fazer é dizer para ela que a birra não vai adiantar, sempre com muito diálogo. Uma hora ela irá perceber que a choradeira não trará resultado e irá parar.  

 Criança brincando no fogão

Erro 4: Não dar explicações 
     As regras são mais fáceis de serem seguidas se forem compreendidas. Simplesmente dizer "não pode", "você não vai", pode deixar a criança brava por não entender o motivo. É claro que existem explicações complexas demais para o pequeno entender, como dizer o que é um choque ao colocar o dedo na tomada, mas há outras abordagens mais eficientes. "Nessas horas, vale investir no afeto e explicar com paciência: 'Não pode colocar o dedo na tomada, você pode se machucar; papai te ama e quer que você fique bem! Venha cá que quero te dar um abraço'", sugere a psicóloga Aline. A demonstração de carinho ajuda a mostrar que você impõe regras porque quer o bem do filho.  


 Mãe e filho assustados

Erro 5: Contar pequenas mentirinhas 
     Contar que o "bicho papão" pode pegar o filho se ele não comer salada nem sempre é uma boa forma de educar. Segundo a psicóloga Rosmairi Oliveira, de São Paulo, a criança fica sempre muito atenta ao comportamento e às atitudes dos pais e pode perceber, com o tempo, as pequenas mentiras. "Pais que mentem têm grande chances de criar filhos também mentirosos", afirma. No futuro, quando a criança dizer que já fez o dever de casa enquanto, na verdade, jogava videogame pode parecer só mais uma mentirinha sem consequências.  



 Criança levando bronca dos pais


Erro 6: Fazer ameaças
     É comum os pais ameaçarem a criança com a punição de tirar-lhe algo bom, caso a criança seja desobediente - ou presenteá-la ao concluir algo de bom. "Isso é condicionar o comportamento, sem mostrar a importância dele", conta a psicóloga Rosmairi. 

     Além disso, ameaçar sem cumprir é ainda pior: isso enfraquece a moral dos pais, pois a palavra fica árida, autoritária e ainda falsa. "Mentiras, chantagens e ameaças não ajudam os filhos a lidar com as frustrações  amadurecer os valores e fazer uso de estratégias pró-ativas na vida", conclui a especialista.  


 Pais conversando na frente da criança

Erro 7: Comentar os defeitos do companheiro na frente do filho
     Sejam pais separados ou com conflitos dentro de casa, a regra é clara: evite fazer do filho um muro de lamentações. Segundo a psicóloga Rosmairi, a grande necessidade de denegrir a imagem do parceiro vem da necessidade de obter a cumplicidade da criança. "Isso é uma tortura para ela que, muitas vezes, se vê dividida entre o pai ou a mãe", alerta. Em vez de o pequeno se sentir protegido, pode ficar inseguro, não ter um exemplo de afetividade e sofrer com a ausência de harmonia e união da família.  


As frases que devem ser evitadas na educação dos filhos


Saiba por que quatro frases muito usadas pelos pais devem ser evitadas. E conheça outras quatro que só fazem bem aos filhos.

Espere a raiva passar para discutir algo com seu filho


As palavras são o principal instrumento na educação de crianças e adolescentes. Com elas, você aconselha, dá bronca, orienta. Infelizmente, porém, nem sempre o que é dito com a melhor das intenções produz bons resultados. “Muitos pais desconhecem o verdadeiro poder das palavras que utilizam”, alerta a psicóloga carioca Giselle Nunes Salgado de Melo, especialista em educação de crianças e adolescentes. “Sem saber, dizem coisas pensando no bem de seus filhos, mas utilizam frases que acabam tendo o efeito oposto.”

Falar, por exemplo, que a criança vai cair se continuar correndo daquele jeito ou acusá-la de não estar agindo conforme a sua idade em alguma situação são afirmações que podem atrapalhar o desenvolvimento emocional de um filho.

Efeito na auto-estima

Vários estudos já mostraram que as crianças educadas com men-sagens encorajadoras conseguem ultrapassar com mais facilidade os obstáculos da vida. “Já as que se sentem humilhadas ou diminuídas com o que ouvem dos pais costumam ter problemas de auto-estima e se tornar inseguras, frágeis e vingativas”, diz Giselle.

Para ajudar os pais a refletir sobre o assunto, a especialista listou quatro frases que considera benéficas e outras quatro que, a seu ver, fazem algum tipo de mal aos filhos (quadro ao lado). Usando as palavras certas, você educa, põe limites e ao mesmo tempo fortalece a personalidade das crianças.

O que dizer...

· "Eu te amo, mas não gostei desse seu comportamento"

     É sempre importante separar a ação (ele não voltou no horário combinado) do autor (seu filho). Faça-o entender que se comportar mal não faz dele uma pessoa má. Dizer que o ama na mesma frase em que você expressa sua desaprovação mostra que seu objetivo não é puni-lo, e sim ensiná-lo a se comportar de maneira apropriada.

· "Por favor, decida"

     Você vai com seu filho ao mercado, diz que está sem dinheiro, mas ele insiste que quer um doce caro. Essa é uma boa hora para fazê-lo perceber as conseqüências de suas decisões. Você pode dizer, por exemplo, que só poderá levar o doce se descontar o valor da mesada dele. Faça isso sem ironia e peça que ele decida. Além de oferecer uma opção ao seu filho, você evita o papel de má e insensível.

·  "Preciso da sua ajuda num problema"

  Muitas vezes, o mau comportamento da criança reflete uma carência emocional momentânea. Então, se vocês estiverem num local público e seu filho começar a aprontar, em vez de repreendê-lo peça a ajuda dele para resolver um problema seu (qualquer um). Ele se sentirá útil e respeitado, deixando a birra de lado.

· "O que você realmente quis dizer a ele?"

     Quando seu filho xingar alguém de raiva, chame-o para uma conversa e pergunte o que ele de fato queria falar à pessoa. Para as crianças, entender os próprios sentimentos não é fácil. Menos ainda traduzi-los em palavras. Essa dificuldade em se expressar acaba gerando brigas à toa. Conversando, você o ajuda a compreender a situação e a lidar com o conflito de uma maneira mais positiva.

...E o que nunca falar

· "Por que você não pode ser como seu irmão?"

     Essa comparação faz seu filho se sentir um cidadão de segunda classe e atiça a rivalidade entre os irmãos. E ela dificilmente o fará molhar menos o banheiro ou melhorar o desempenho na escola. Esse tipo de comentário enfraquece a auto-estima e mina a autoconfiança da criança. O certo é pensar na educação de cada filho como um projeto único, aceitando suas fraquezas e dificuldades.

· "Comporte-se de acordo com sua idade"

     Se o seu filho de 9 anos gritou com o de 4 por causa de um brinquedo, não use a idade dele como argumento para repreendê-lo, sugerindo imaturidade. Lembre-se de que ele ainda está aprendendo a lidar com diferentes sentimentos e situações. Não existe um padrão de comportamento certo para cada idade. Nessas horas, procure se ater ao motivo que levou a criança a agir daquela forma, sem diminuí-la.

· "Eu estava só brincando"

     Essa frase costuma ser usada por pais que acreditam que provocar o filho de propósito é uma boa maneira de torná-lo mais forte. Um exemplo disso é chamar de "bicho-do-mato" uma criança tímida para forçá-la a se enturmar - e depois dizer que é brincadeira. Não funciona. O filho se magoa, perde a confiança nos pais e não se sente apoiado por eles.

· "Não corra, senão você vai cair"

     Esse tipo de afirmação tem duas implicações negativas. A primeira é inibir a experimentação. Arriscar um novo passo, tropeçar, rever as estratégias e tentar novamente faz parte de qualquer aprendizado. Além disso, depois de escutar várias vezes essa frase e não cair, seu filho deixará de ouvir suas advertências. Prefira frases mais informativas e positivas, como "o copo está cheio, tenha mais cuidado" ou "verifique se os seus cadarços estão bem amarrados".


    Pois é aprendendo um pouco mais em como educar nosso filhos, epa, espera ai! Eu não tenho filhos... Mãeeeeeeeeee.... Seria bom você ler isso!
     Interessante essa matéria ao lê-la poderia dizer que meus pais são bem corretos, quando um diz não o outro também, não fumam, ai meu Deus se eu fizer birra to ferrado a minha mãe carca a minha pele... hehehehehehe, é ruim dela me pedir perdão, meu pai então com aquele jeitão alemão dele, sisudo, carrancudo e calado, birra aqui em casa nem pensar, não funciona, mamãe sempre me explicou tudo desde bebe, o por que não deveria fazer certas coisas, como colocar a mão no forno quando ele estivesse ligado, acho que por isso quando era bebe, nem passava perto da cozinha quando ela estava por lá... Xiiii Vovó pegou na mentirinha ela dizia que passava manteiga no meu cabelo para ele desembaraçar melhor quando eu era criança, vó eu cresci passei manteiga e isso não deu certo, Qual era o seu segredo?? Acho que a família pecou nessa, ponto reprovados para eles.... Pois é interessante  gostei de saber  sobre isso tudo, assim posso compreender um poco mais os meus pais e sua reações e compreender a celebre frase que minha mãe sempre fala "-Eu já fui criança com você e te entendo" Na verdade ára minha sorte acho que ela ainda é criançona, por que adora fazer as coisas comigo. Te amo Mãe! A pai você também tá..... 


Fonte: Minha Vida
Fonte: MdeMulher